domingo, 30 de janeiro de 2011

''Discretamente, enviei sinais de socorro aos amigos. Ninguém ajudou. Me virei sozinho. Isso me endureceu um pouco mais. Não foi só você, não. Foram também pessoas até mais íntimas, (…) me virei sozinho com enormes dificuldades. Não me lamuriei. Mas preciso que as pessoas saibam que isso doeu — exatamente porque algumas destas pessoas (…) importam para mim.'''


Caio F. Abreu


(pois é né...)


Agora são os outros que esperam essas minhas ligações que não ocorrerão, e respostas de perguntas que detesto e deixo no ar, tudo porque já fui por demais pisoteada, e se num dia somos caçador, a glória de ser caça e fugir pra longe, correr veloz, chega também. Nenhum apego, isenção de afetos. Sem mais pensamentos depressivos em músicas suaves, ou vontades incontroláveis de ligar para o que um dia fez total sentido. E o melhor: ver que esse lado da moeda (ou proposta temporária de vida) pode ser algo altamente interessante. E benéfico. Que funciona muito melhor ao ego do que fazer as unhas na sexta-feira ou comprar um par de sapatos. Ou cortar o cabelo, ou escutar cinco cantadas por quarteirão percorrido.



Camila Paier





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