sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Ela

- E ela se levantou em meio a tempestade, com algumas feridas aparentes outras entranhadas em sua carne dolorida, tentou voltar-se para dentro de si, foi quando percebeu que ela não tinha para onde voltar, já não era mais a mesma ,aliás nao sabia ao menos quem era.Suas mãos estavam tremulas, já não sentia suas pernas e pés, pois eles já cansados de caminharem sobre espinhos e pedras , simplismente pararam de funcionar. Seu coração batia de ritmos carnavalescos a canções fúnebres, e ela continuara ali estática, abandonando a voracidade de viver.Suas lembranças surgiam , como se naquele momento ela as estivessem vivendo, e a cada suspiro que lhe acontecia , cada uma de suas lembranças eram apagadas e algumas adormecidas. Seus olhos estavam molhados de tristeza e melancolia e ainda assim sobreviva o seu olhar meigo e cheio de saudades.Seus lábios estavam secos e esbranquiçados, ela sentira uma sede imensuravél,nem toda água do mundo seria capaz de sacia-la, pois a sede que sentira era dos lábios que ainda ontem a beijou e hoje nem ao menos sabia por onde andava.Sentia-se confusa, já nao lembrava de quase nada , a não ser o seu sorriso de olhos que acompanham, e o seu cheiro que mesmo depois de tempos caída sobre os seus próprios destroços, permanecia grudado em seu corpo.Foi então que ela gritou por ajuda, mas ninguém a ouvia, depois de algum tempo já quase sem voz, ela percebeu que estava morta!


Taynã Angelina

04/02

2 comentários:

  1. E sempre damos um jeito de nos levantar meio a tempestade, e sempre ainda resta o olhar da saudade que na verdade parece uma esperança escondida, e sempre sobra aquela sede que cada vez parece mais dificil ser matada.
    Seu texto descreveu resumidamente meus frequentes momentos. E você escreve com a alma, o que é mais envolvente.
    Claro , estou seguindo. rs
    -
    Quando puder : http://adolescenteemparafusos.blogspot.com/
    :)

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